mais sobre o aglomerado da serra

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BH: polícia ocupa conjunto de favelas onde morador foi morto pela polícia

Dois ônibus e um caminhão reboque foram queimados nos últimos dois dias. A confusão começou depois que um homem foi morto por um PM que investigava uma denúncia de tráfico de drogas.

 
 
 
 


                        

 

Em Belo Horizonte, segundo dia de policiamento reforçado no Aglomerado da Serra. A polícia ocupou o conjunto de favelas depois que um morador foi morto pela polícia.

Dezenas de policiais, viaturas e um helicóptero da PM cercaram a favela. Agentes armados vasculhavam ruas e becos. Caminhões coletores de lixo não subiram o morro.

“Lá em cima vai acumular”, disse um homem.

Ônibus também não entraram na comunidade, nem os escolares. Moradores, inclusive crianças, tiveram que ir a pé para casa. Na entrada do morro, o movimento no comércio caiu.

“Está muito fraco. O pessoal está com medo, realmente com medo”, conta o barbeiro José Américo Magalhães.

É o resultado do protesto que levou à ocupação da comunidade, o momento mais tenso no impasse entre moradores e a polícia. Dois ônibus e um caminhão reboque foram queimados nos últimos dois dias.

A confusão começou depois que um homem foi morto, dentro da favela, por um PM que, de acordo com a polícia, investigava uma denúncia de tráfico de drogas.

“Houve um confronto e disparos por parte desse suspeito. E foi revidado por um militar, um argento, que atingiu mortalmente esse jovem”, explica o tenente coronel Alberto Luiz.

No enterro, parentes disseram que o jovem era servente de pedreiro e que estaria trabalhando. “Eu só quero justiça para que eles não façam de novo o que fizeram com o meu filho”, disse a mãe da vítima.

Segundo a polícia, já havia três mandados de prisão contra o jovem morto por envolvimento com tráfico drogas. O sargento que atirou foi preso para apuração do caso.