programa vila viva na PEDREIRA PRADO LOPES

programa vila viva na PEDREIRA PRADO LOPES


PEDREIRA PRADO LOPES

1. ORIGEM:

O local onde hoje se enconta a Pedreira Prado Lopes teve as suas primeiras povoações entre 1900 a 1920.

O Senhor Adão Soares, de 79 anos, é um dos mais antigos moradores da Pedreira. Em depoimento colhido do seu livro “Memórias da Pedreira”, que ele escreveu junto com Sueli Alves Antunes, encontramos: “Tenho boas lembranças do tempo em que se podia passear pela Pedreira Prado Lopes a pé, em todas as direções, sem nenhum perigo. Eu era moço, nos anos 40, e me lembro bem que naquela época era difícil acontecer um crime de morte aqui. Existiam os casos de furtos e de arrobmamento de barracos, mas homicídio era raro. Moro aqui desde o começo da favela, na mesma casa, e daqui não saio de jeito nenhum. Ainda me lembro da Revolução de 1932. Meu tio participou. Ele cavou uma espécie de buraco grande. Davam tiro pra todo lado e aqui, onde moro, caía bala, sem força, mas caía.”

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Os colegas de Adão constestam a afirmação de que a Pedreira é lugar perigoso. Eles reconhecem a existência de gangues que impõem medo aos moradores, mas lembram que a grande maioria não se envolve com o tráfico de drogas e criminalidade. “A população da Pedreira é constituída por trabalhadores que saem muito cedo de casa para o serviço, e posso afirmar que 99% da comunidade é de gente honesta”, afirma o líder comunitário Jairo Nascimento Moreira, que nasceu e mora no aglomerado. Não são poucos, garante, os habitantes que estão envolvidos em atividades culturais diárias. A Pedreira abriga um jornal mensal, 2 centros de trabalhos com artes plásticas,5 de artesanato, 5 de dança e música, 1 grupo de teatro amador, 1 centro comunitário e vários artistas que trabalham individualmente.

3. DADOS DEMOGRÁFICOS:

Área: 142.000 m²;
Localização: Regional Noroeste;
Número de domicílios: 1.914;
População total residente: 9.800 pessoas, sendo que 93% das famílias residentes são proprietárias dos imóveis que habitam;
Faixa salarial da população: 36,6% sobrevivem com renda de 1 a 3 salários mínimos;
Idade da população: 58% com até 25 anos;
Número de pessoas por domicílio: 63,7% dos domicílios têm de 2 a 5 ocupantes;
26,4% têm de 6 a 9 ocupantes.

O programa Vila Viva, que vem transformando a realidade dos moradores de vilas e favelas de Belo Horizonte, registrou avanços expressivos nos últimos dois anos. Desenvolvido em parceria com o Governo Federal por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Caixa Econômica Federal e recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de contrapartida municipal, o Vila Viva já se tornou referência para outras cidades do país e do exterior e recebe investimentos de R$ 1,15 bilhão. Novos empreendimentos concluídos foram entregues em dezembro de 2010, durante as comemorações do aniversário de Belo Horizonte, incrementando ainda mais o saldo positivo do programa.

O perfil dos aglomerados e vilas da cidade que contam com o Vila Viva já está mudando com as obras de saneamento, remoção de famílias de áreas de risco geológico e trechos de obras, construção de unidades habitacionais, erradicação de áreas de risco, reestruturação do sistema viário, urbanização de becos e ruas, implantação de parques e equipamentos de esporte e lazer.

O Vila Viva, que começou em 2005 em vilas do Aglomerado da Serra, foi expandido para outros 11 locais: Vila São José, Pedreira Prado Lopes, Morro das Pedras, Taquaril, Vila Califórnia, Vila Belém, entorno do Córrego Santa Terezinha (Alto Vera Cruz), Vila Cemig e Alto das Antenas, Aglomerado Santa Lúcia e Aglomerado São Tomás/Aeroporto.

As melhorias alcançam cerca de 193 mil pessoas, inclusive com ações de promoção social e desenvolvimento comunitário, educação sanitária e ambiental e geração de trabalho e renda. Nos 12 locais onde vem sendo implantado, o Vila Viva prevê a remoção de 13.167 famílias e a construção de 6.894 unidades habitacionais para reassentamento. A meta da Prefeitura é que o programa beneficie, até 2012, 35% dos moradores de vilas e favelas, o equivalente a cerca de 165 mil pessoas. Entre 2009 e 2010 foram entregues mais 2.353 unidades habitacionais.