programa vila viva na VILA CALIFORNIA

programa vila viva na VILA CALIFORNIA

VILA CALIFORNIA

1. ORIGEM:

A área onde hoje está situada a Vila Califórnia pertencia à antiga Fazenda Camargos, também chamada Fazenda da Mata. Antes da ocupação de fato, já moravam algumas pessoas no local, principalmente empregados da fazenda, que plantavam próximo ao córrego. A herança do terreno, de acordo com os moradores, está até hoje no apelido da vila: “Suvaco da cobra”. A história do vulgo é contada em “causos” por moradores mais antigos. Amadeu Pereira dos Santos (65) e Jésus Vieira de Assis afirmam que havia no local, como é comum em fazendas, muitas cobras. Certa vez, uma cobra preta, que corria atrás das pessoas no córrego, fugiu para a Vila e foi morta por eles próprios com uma espingarda. Assim eles saíram pela Vila mostrando a cobra morta, para exibirem o feito.

De acordo com a Urbel – Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte, a ocupação da área ocorreu com a desapropriação de partes da fazenda, para a construção da Via Expressa. Outras áreas foram desapropriadas posteriormente. Em 1970, o terreno que abriga a Vila era todo ocupado por vegetação, quando foi iniciada a construção da BR-040. Dois fatos marcaram o processo de ocupação da Vila Califórnia e influenciaram na organização do espaço: a construção dos Conjuntos Califórnia I e II e, em seguida, o Conjunto Novo Dom Bosco.


2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

A Vila começou a ser povoada a partir dos arredores da Rua das Violas (margem direita do Córrego Avaí), ao final da Rua Bandolins. Segundo a Urbel, a margem esquerda do córrego e outros becos foram ocupados depois. Moradores mais antigos da fazenda contam que sofreram agressões físicas, mas a polícia não teve como impedir a entrada dos novos ocupantes, que procuravam uma alternativa de habitação mais barata.

Os moradores têm duas versões para o surgimento da vila: uma delas conta que os primeiros ocupantes eram operários da construção do Conjunto Califórnia e a outra relata que eram pessoas vindas do interior e bairros vizinhos.

A ausência de infra-estrutura e a precariedade estimularam a mobilização popular em prol de melhorias. O abastecimento de água era feito, inicialmente, pela construção de cisternas nas casas e muitas moradias não possuíam energia elétrica. Segundo entrevistados pela equipe de pesquisa, a luz era obtida através de “gatos”.

De acordo com informações da Urbel, muitos benefícios foram implantados através de mutirões organizados pelos moradores e feitos com material fornecido pelo Poder Público. Este trabalho possibilitou a efetivação do calçamento de becos, escadarias e parte da rede de esgoto.

A primeira organização para alcançar melhorias partiu de um pequeno grupo de moradores, que fez um abaixo-assinado solicitando a implantação da rede elétrica à CEMIG. Esse mesmo grupo originou a Associação Comunitária da Vila Califórnia, que teve como primeira presidente uma liderança feminina: Joana D’Arck.

Segundo a Associação Comunitária da Vila Califórnia, a entidade foi registrada em 1984. Uma das primeiras reivindicações da comunidade era a canalização do córrego e a continuidade da Avenida Avaí. O córrego trazia doenças, inundações na época das chuvas e mau cheiro, entre outros problemas. As obras de canalização do córrego e da implantação da rede de esgoto já foram iniciadas, mas estão paradas no momento, aguardando liberação de recursos do Orçamento Participativo. Buscam viabilizar, também através do OP, a criação de uma área de lazer com duas quadras, para atender a demanda dos moradores.

Para concluir toda a infra-estrutura necessária à Vila serão utilizados recursos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, através do Programa Habitar Brasil, do Governo Federal. O Programa têm como objetivo também oferecer moradias seguras às pessoas que estão localizadas em áreas de risco. Outra obra que será realizada com recursos do BID é a construção de uma UMEI, equipamento que atende crianças de zero a seis anos, em horário integral.

3. DADOS DEMOGRÁFICOS:

Área: 94.978 m²
Localização: Regional Nordeste
Número de domicílios: 1.135
População total residente: 5.062 pessoas
Taxa de alfabetização: 80,7% das pessoas acima de 5 anos
Esgotamento sanitário: 57,4% ligados à rede geral de esgoto ou pluvial
Abastecimento de água: 98,9% abastecidos através de rede geral
Coleta de lixo: 72,9% coletados por serviço de limpeza



1. ORIGEM:

A área onde hoje está situada a Vila Califórnia pertencia à antiga Fazenda Camargos, também chamada Fazenda da Mata. Antes da ocupação de fato, já moravam algumas pessoas no local, principalmente empregados da fazenda, que plantavam próximo ao córrego. A herança do terreno, de acordo com os moradores, está até hoje no apelido da vila: “Suvaco da cobra”. A história do vulgo é contada em “causos” por moradores mais antigos. Amadeu Pereira dos Santos (65) e Jésus Vieira de Assis afirmam que havia no local, como é comum em fazendas, muitas cobras. Certa vez, uma cobra preta, que corria atrás das pessoas no córrego, fugiu para a Vila e foi morta por eles próprios com uma espingarda. Assim eles saíram pela Vila mostrando a cobra morta, para exibirem o feito.

De acordo com a Urbel – Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte, a ocupação da área ocorreu com a desapropriação de partes da fazenda, para a construção da Via Expressa. Outras áreas foram desapropriadas posteriormente. Em 1970, o terreno que abriga a Vila era todo ocupado por vegetação, quando foi iniciada a construção da BR-040. Dois fatos marcaram o processo de ocupação da Vila Califórnia e influenciaram na organização do espaço: a construção dos Conjuntos Califórnia I e II e, em seguida, o Conjunto Novo Dom Bosco.


2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

A Vila começou a ser povoada a partir dos arredores da Rua das Violas (margem direita do Córrego Avaí), ao final da Rua Bandolins. Segundo a Urbel, a margem esquerda do córrego e outros becos foram ocupados depois. Moradores mais antigos da fazenda contam que sofreram agressões físicas, mas a polícia não teve como impedir a entrada dos novos ocupantes, que procuravam uma alternativa de habitação mais barata.

Os moradores têm duas versões para o surgimento da vila: uma delas conta que os primeiros ocupantes eram operários da construção do Conjunto Califórnia e a outra relata que eram pessoas vindas do interior e bairros vizinhos.

A ausência de infra-estrutura e a precariedade estimularam a mobilização popular em prol de melhorias. O abastecimento de água era feito, inicialmente, pela construção de cisternas nas casas e muitas moradias não possuíam energia elétrica. Segundo entrevistados pela equipe de pesquisa, a luz era obtida através de “gatos”.

De acordo com informações da Urbel, muitos benefícios foram implantados através de mutirões organizados pelos moradores e feitos com material fornecido pelo Poder Público. Este trabalho possibilitou a efetivação do calçamento de becos, escadarias e parte da rede de esgoto.

A primeira organização para alcançar melhorias partiu de um pequeno grupo de moradores, que fez um abaixo-assinado solicitando a implantação da rede elétrica à CEMIG. Esse mesmo grupo originou a Associação Comunitária da Vila Califórnia, que teve como primeira presidente uma liderança feminina: Joana D’Arck.

Segundo a Associação Comunitária da Vila Califórnia, a entidade foi registrada em 1984. Uma das primeiras reivindicações da comunidade era a canalização do córrego e a continuidade da Avenida Avaí. O córrego trazia doenças, inundações na época das chuvas e mau cheiro, entre outros problemas. As obras de canalização do córrego e da implantação da rede de esgoto já foram iniciadas, mas estão paradas no momento, aguardando liberação de recursos do Orçamento Participativo. Buscam viabilizar, também através do OP, a criação de uma área de lazer com duas quadras, para atender a demanda dos moradores.

Para concluir toda a infra-estrutura necessária à Vila serão utilizados recursos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, através do Programa Habitar Brasil, do Governo Federal. O Programa têm como objetivo também oferecer moradias seguras às pessoas que estão localizadas em áreas de risco. Outra obra que será realizada com recursos do BID é a construção de uma UMEI, equipamento que atende crianças de zero a seis anos, em horário integral.

3. DADOS DEMOGRÁFICOS:

Área: 94.978 m²
Localização: Regional Nordeste
Número de domicílios: 1.135
População total residente: 5.062 pessoas
Taxa de alfabetização: 80,7% das pessoas acima de 5 anos
Esgotamento sanitário: 57,4% ligados à rede geral de esgoto ou pluvial
Abastecimento de água: 98,9% abastecidos através de rede geral
Coleta de lixo: 72,9% coletados por serviço de limpeza